Capítulo 11 – Bass Life

Digressão

 

Dia desses estava eu conversando com meu mano, Leandro a.k.a Rasta (do grupo Two Freaks, procure saber – https://bit.ly/2vNwMLA -) sobre como a vida me trouxe até aqui, e comecei a fazer uma digressão:

Me conectei com meu instrumento aos 13 anos. Mas a música sempre foi presente na minha casa por meu pai, minha mãe e minhas irmãs, onde ouvia-se de tudo desde música clássica, até os poperô e rock dos anos 80/90. Lembro bem de tirar as primeiras notas de uma guitarra do meu primo. Era velha e tinha somente as quarto primeiras cordas. Esse primo, que também se chama Leandro, era 4 anos mais velho, trabalhava em uma bicicletaria e me emprestou uma grana pra comprar meu primeiro Contrabaixo da marca Golden, pretinho, roots tradiça!

Toquei com ele por alguns anos e aprendi muito com a rapaziada que fazia um som no meu bairro, até que montei minha primeira banda de reggae e vários outros projetos na sequencia, dos quais nenhum mais eu faço parte:

1 ) Força Mystika,  rsrs assim mesmo

2)  Abidjan, o negócio começou a ficar mais global

3) RudBwoys Rockers, vixi

4) Microdub, aprofundamento no eletronico, ragga e dancehall.

5 ) Tributo a Dennis Brown, meu cantor jamaicano preferido

Vivi até os meus 23 anos em uma dedicação ao gênero e pesquisa da linguagem reggae no contrabaixo (leveza, timbre, pressão, melodia e condução) até que conheci o outro lado do oceano e as infinitas vertentes da Word Music. Comprei um Contrabaixo Acústico e ai a coisa voou para bem longe e, o entendimento de como se relacionar com a música também.

No ano de 2012 eu entrei para o grupo Pedra Branca ( https://bit.ly/2Mlegob ) que desde o ano 2000 vinha desenvolvendo um trabalho de pesquisa da world music com trip hop, dub, jazz e musica electronica. Foi um prato cheio pra mim e logo na sequencia o Guilherme Nakata me convidaria para montar a Nomade Orquestra, e é aqui que a história se amarra.

Até o ano de 2013 a musica se dividia nos meus dias entre o trabalho em escritório (trabalhei por quase 10 anos em uma empresa de Parafusos, mas esse é um outro capitulo a ser contado) e, os estudos. Foram incontáveis os ensaios de madrugada depois de um dia inteiro de trabalho e noite de estudos na faculdade. Foram incontáveis ensaios aos finais de semanas e foram incontáveis as pedras e obstáculos que tive pelo caminho. Mas durante essa reflexão toda, uma pessoa me chamou a atenção. Foi um professor de matemática que tive no colegial. Professor Munhoz, quando eu estava no terceiro ano, prestes e me formar e começar uma vida acadêmica (estava na duvida entre a Música ou Publicidade), existia uma matéria que nem me lembro o nome que servia para orientação de uma espécie de TCC que tinha, a escola queria me reprovar por falta/ausência nessa aula e eu já estava entregue a burocracia do Sistema e já tinha desistido. Quando aos 45 do segundo tempo, eis que surge o Munhoz, professor sang bom e me diz para eu entrar com recurso no Mec pois a escolar não poderia fazer isso comigo!!!! PLEI

Foi ai que entrei com recurso, passei de ano e alguns anos depois estaria na mesma sala que o Guilherme Nakata na Fundação da Artes estudando musica, onde nos conhecemos e viríamos a formar a Nomade Orquestra. Talvez se não tivesse acontecido isso, eu teria feito novamente o terceiro ano do colegial e não teria trilhado o caminho da forma como foi até aqui e talvez as coisas teriam sido diferentes.

Mas… Coincidência não existe!

E é com essa ideia que finalizo esse texto, nosso caminho é trilhado passo a passo, um degrau de cada vez e, TUDO te leva a um porquê!!!!

 

Hoje a Nomade Orquestra – que considero uma Deusa, louvada por nós, segue sua jornada escrevendo sua história.

Deixo aqui uma playlist recheada de mulheres Foda!.